O post de hoje é motivado pela figura acima. Encontrada nos meandros de minha timeline do Facebook, ela não representa nada novo além da curiosa persistência na crença moderna na astrologia, mas algo nela chamou-me a atenção: a escolha do planeta Saturno. E o divertido a respeito desse planeta é que sabemos bastante sobre ele, o que nos permite uma análise interessante da proposição da figura, que em 2013 Saturno de fato ajudaria nos relacionamentos dos nascidos no mês de fevereiro e março. A pergunta que pretendo responder nesse post é: como ele faria isso? E, espero concluir, perceberemos que os astrólogos estão muito mais avançados na ciência que qualquer um de nós.
Nós, físicos, conhecemos quatro, e apenas quatro, maneiras de interação possíveis. Nada pode influenciar nada a menos que seja usando uma dessas quatro vias: ou é uma interação gravitacional, ou é eletromagnética, ou é através da força forte, ou através da força fraca. Conhecemos bem as duas primeiras, e a vasta maior parte das interações de seu cotidiano (contato, som, temperatura) são resultado da segunda, o efeito de átomos possuírem elétrons e possuírem uma tendência a se repelirem se aproximados. A força forte é a interação responsável por manter o núcleo atômico no lugar, ela age apenas a distâncias muito curtas; enquanto a força fraca age apenas em algumas situações mais exóticas, como transformar nêutrons isolados em prótons, ou no raro evento de algum neutrino interagir com a matéria que conhecemos. Você ouve falar pouco nelas pois, a menos que estejamos no mundo do muito, muito pequeno, onde até átomos são grandes, elas pouco aparecem.
Dizer que são apenas quatro as maneiras de interação que conhecemos é um pouco mais profundo que dizer apenas “não podemos mover coisas a menos que usemos uma dessas quatro forças”. Se não somos capazes de usar nenhuma dessas interações em um objeto, ele não saberá de nossa existência, é até impossível qualquer forma de comunicação com ele, sua vida continua como se não existíssemos! Seja qual for a forma como Saturno influencia a vida amorosa dos nascidos depois do carnaval e antes da páscoa, ela deve, segundo a física que conhecemos, ser uma ou mais dessas quatro formas. Para entender melhor, vamos calcular com carinho cada uma delas, sempre comparando com outros objetos que conhecemos.
Considerei apenas as interações diretas Saturno – Terra, desconsiderando possíveis vias indiretas como Saturno – outro planeta – Terra ou Saturno – asteroide – Bruce Willis – Terra, por dois motivos: o primeiro é o fato de Saturno não ser muito responsável pela segurança cósmica de nosso planeta, quem faz isso é Júpiter, que absorve incontáveis detritos espaciais e torna a órbita terrestre a mais limpa do sistema solar ((De acordo com o critério de Soter, que compara a massa do planeta e a massa dos detritos de sua órbita.)). Ainda, se por acaso Saturno nos salvasse do final dos tempos, não posso considerar isso um fenômeno que só afetaria o relacionamento dos nascidos entre o carnaval e a Páscoa.
- Influência gravitacional
Saturno é grande, muito grande; e esse é um dos argumentos favoritos dos que defendem a astrologia. Se a Lua é capaz de afetar as marés, como Saturno não poderia afetar os humores? Empolgados com essa possibilidade, precisamos permanecer sóbrios e calcular com calma o que Saturno representa em termos de gravidade. A massa desse planeta é grande, cem vezes a do planeta Terra, algo perto de $5,6.10^{26}$Kg, ou seja, 56 seguido de 25 zeros, parece promissor. A gravidade, contudo, perde sua força rapidamente com a distância, e Saturno está longe. Se dissermos que a distância entre a Terra e o Sol vale 1 u.a. (unidade astronômica), então a distância entre Saturno e a Terra oscila no ano entre 9 e 11 u.a., o que equivale, em média, a $1,5.10^{12}$m. Usando a fórmula da gravitação, descoberta por Newton, talvez o mais brilhante dos astrólogos, podemos usar esses dados para chegar a conclusões interessantes.
Estou nesse momento sentado em um trem ao lado de um senhor francês aparentemente simpático, careca e um total desconhecido; ainda, sei que a influência gravitacional que ele exerce em mim (imprimindo uma aceleração equivalente a $2,2.10^{-8}$ m/s²) é maior que a de Saturno ($1,5.10^{-8}$ m/s²). Um caminhão a dez metros de distância me puxaria gravitacionalmente com mais força que Saturno e, preciso dizer, essa força é bem pequena. E não digo pequena em comparação à gravidade da Terra, ou à da Lua, digo pequena pelo fato de que nenhum instrumento de medida de atração gravitacional poderia detectar a influência de Saturno antes de 1980. Recentemente, com gravímetros com base em supercondutores, é possível sentir variações de gravidade na ordem de grandeza da influência de Saturno, mas ela certamente poderia ser confundida com a gravidade da neve acumulada no telhado, ou do próprio ar que está na sala ao lado. Para todos os efeitos, em termos de gravidade, é como se Saturno não existisse: se ele explodisse hoje, apenas os astrônomos saberiam, e talvez todos nós se, ao final de um ciclo Maia, os detritos desse planeta, em uma coincidência cósmica, nos atingissem.
- Influência eletromagnética
Saturno não foi descoberto por sua gravidade, mas por seu brilho, ou melhor, pela reflexão da luz do Sol. Quando eu era menor, ouvi pela primeira vez que a Lua não tinha brilho próprio, que ela apenas refletia a luz solar, achei, a partir daquele dia e por um bom tempo, que a lua fosse um grande espelho, um planeta inteiro feito da mais pura prata; quase ficava bravo por ver nela um rosto triste, e não minha própria imagem acenando. Demorei a perceber que refletir a luz não significa ter qualquer compromisso com a luz refletida, como, em uma estrada deserta e mal-iluminada, colocar alguém em frente ao farol do carro dará a impressão de que a pessoa brilha.
Qual não foi a surpresa dos cientistas ao descobrir que Saturno irradia perto de duas vezes o que recebe de energia do Sol! Não bastando esse planeta possuir seus misteriosos anéis, cuja explicação está longe de completa, ele possui um mecanismo de geração interna de energia! A teoria mais aceita dessa geração de radiação vem da composição de Saturno, ele é 3/4 hidrogênio e 1/4 hélio. O hélio, mais pesado, “cai” no planeta, ou seja, penetra cada vez mais fundo no corpo planetário e a essa “queda” é creditada a geração de energia. Como se o hélio, ganhando velocidade ao se aproximar do centro, batesse no hidrogênio em volta e o esquentasse. Se você, como eu, aprendeu que planetas não geram energia própria, conhece agora uma resposta apropriada a seu professor da quinta série.
Medir a temperatura de Saturno, exatamente por esse estranho mecanismo, é um desafio, e um problema em aberto na astronomia. No entanto, conhecemos bem as frequências que podem ser emitidas por Saturno, e temos um grande cobertor que nos protege da vasta maior parte de toda radiação cósmica: a água da atmosfera. Esse elemento safado, o $H_2O$, tem a impressionante propriedade de absorver quase todas as frequências do espectro eletromagnético, exceto uma pequena faixa, que coincide com a única faixa que conseguimos observar. Se a água deixa apenas passar a luz que enxergamos, não é à toa que ela é transparente, mas não se engane, ela absorve quase todo o resto da luz. Dessa forma, estamos bem seguros de que, por mais mirabolante que seja a radiação emitida por Saturno, ela não somente é fraca como é provavelmente absorvida pela atmosfera. A luz solar que ela reflete, e que pode nos atingir, não é nada mais que uma versão júnior da radiação que recebemos do Sol todos os dias. Uma pequena quantidade extra de água no céu à noite seria capaz de eliminar completamente a influência de Saturno em nossas vidas, parando as ondas eletromagnéticas que dele saem. Ou seja, se um astrólogo argumenta que a radiação eletromagnética de Saturno nos afeta, ele tem que levar em conta se o dia está nublado ou não. Fazer previsões astrológicas a longo prazo, para todo um ano, exige mais meteorologia do que qualquer computador jamais seria capaz de produzir.
- Influência da força forte
Essa força é um pouco misteriosa, não temos uma fórmula exata para ela. Seu poder é fazer um próton atrair o outro quando estão muito, mas muito perto, e também torna prótons capazes de atraírem nêutrons, isso permite a existência e estabilidade dos núcleos atômicos. Mas essa força tem um alcance muito curto. Enquanto as forças gravitacional e elétrica ficam fracas com o inverso do quadrado da distância, ou seja, se você dobrar a distância entre dois planetas a força entre eles diminui em quatro vezes, se triplicar, ela diminui nove vezes; nosso melhor modelo para a força forte, o potencial de Yukawa, nos dá uma triste notícia: essa força decai exponencialmente com a distância.
E o que isso significa? Sem medo de errar, posso afirmar que qualquer átomo presente na Terra exerce mais força forte em mim que todo o planeta Saturno. Essa força é aproximadamente proporcional ao número de prótons; esses, em Saturno, são da ordem de 10 seguido de quarenta zeros, o que tornaria a força de Saturno $10^{40}$ vezes mais forte que o átomos. No entanto, se o átomo estivesse a um metro de mim, a diferença entre as forças pela distância seria algo perto de 10 seguido de (4 seguido de onze zeros) zeros vezes menor. Esse número é tão pequeno, mas tão pequeno, que o escrever completamente com uma mão ágil que desenha três zeros por segundo tomaria meses de sua vida. Comparando com um átomo do outro lado da Terra, Saturno perde feio. Se um astrólogo argumenta que Saturno nos influencia pela força forte, ele também deve colocar em seu mapa astral cada átomo presente no planeta Terra e explicar sua influência.
- Influência pela força fraca
Essa é talvez a mais difícil de argumentar, mas vou tentar. A força fraca possui, como a forte, um alcance muito curto, então qualquer esperança de ser afetado pela força fraca de Saturno diretamente é vã e pífia. No entanto, Saturno poderia enviar neutrinos, partículas cuja única forma de interação mensurável é a força fraca. Elas funcionariam como uma espécie de radiação, bombardeando o planeta e alterando suas propriedades com força fraca; parece promissor.
Mas se você é um leitor antigo do blog, deve ter lido algo sobre os neutrinos, e sobre como é extremamente difícil detectar um deles. Nos anos 80, uma safra boa de detecção de neutrinos eram 24. Não 24 milhões ou milhares, 24 neutrinos foram detectados em um ano naquela época, e foi um grande avanço; a tabela que os mencionava ganhou muitas citações acadêmicas.
Um neutrino é tão difícil de interagir com qualquer coisa que você precisaria fazer um neutrino atravessar chumbo do comprimento de mais de mil vezes o sistema solar para que a chance de um neutrino interagir com o chumbo seja maior que a chance de não interagir (fonte). Ademais, o sol já é responsável por um tal bombardeio de neutrinos que Saturno, se por acaso emitisse tal partícula, seria totalmente ofuscado pela imensidão do bombardeio dos neutrinos solares. Em outras palavras, precisaríamos medir mais que 24 neutrinos para que algum deles viesse de Saturno. A chance de ter um neutrino interagindo com nosso corpo, ou com algo perto dele, já é perto de ganhar na loteria; que esse neutrino tenha vindo de Saturno, nem atravessando um ano-luz de loterias eu conseguiria tal feito.
- Conclusão
Não há qualquer base científica possível na afirmação de que Saturno teria qualquer influência em nossa vida além de ser um pequeno ponto no céu noturno longe das cidades grandes. Nenhuma das formas de interação conhecidas pelas leis da física são capazes de explicar o poder atribuído a Saturno, ou a qualquer outro planeta, pelos astrólogos.
Resta a alternativa evidente: uma tão sonhada quinta interação! Se os astrólogos atribuem a esses astros a capacidade de afetar nossa vida e destino, certamente estão propondo uma maneira nova de interação, uma maneira de ação desses planetas em nossa vida! E, por isso, convido, aliás, imploro aos astrólogos por um debate, uma aula sobre essa quinta interação. Certamente eles confirmarão nossas teorias de grande unificação, apresentarão um grupo de simetria melhor que o $SU(5)$ para unificar gravitação com mecânica quântica, talvez o $ S_7$, mas prefiro não antecipar; coloco-me como aluno desses grandes mestres da ciência.
No entanto, qualquer voz que se levantar para explicar essa quinta interação em termos vagos, genéricos, usando palavras como “interação espiritual” ou qualquer outra mutilação esotérica de termo científico deve, ao menos, se dignar a explicar o que quer dizer em termos minimamente parecidos com os que acabo de utilizar com cada interação que conhecemos. Deve explicar o que Saturno tem de diferente dos demais (composição? órbita? temperatura?), deve explicar as características dessa interação (qual seu alcance? qual seu bóson associado? há mais de um bóson? ele tem massa? qual sua carga associada?), deve explicar no que ela age, deve explicar como essa ação pode desencadear um fenômeno tão complexo quanto afetar um relacionamento (ou seja, alterando neurônios, hormônios, e até eventos maiores, como permitindo que você chegue a tempo em um encontro), deve também explicar a razão de apenas afetar pessoas nascidas enquanto o planeta Terra estava em um trecho específico de sua órbita (que pouco tem a ver com a órbita de Saturno) ou deve assumir que não sabe do que está falando.
Mas se você, como eu, ainda não encontrou evidências dessa quinta força, resta apenas, a cada previsão astrológica, repetir quatro perguntas para garantir que ela está bem colocada, pois qualquer um desses fatores afeta mais nossa vida que o planeta dos anéis: há algum objeto denso no quarto ao lado, que poderia afetar a gravidade tanto quanto Saturno? O céu está nublado? Como estão organizados os prótons de toda a China? Ou, se foi atingido por um neutrino de Saturno, já pensou em jogar na loteria?
Essa tabela do xkcd.com resume bem o argumento talvez mais poderoso contra misticismo em geral, o argumento econômico:
A crença em tais misticismos persiste, acredito, porque revela a ilusão humana de que basta fazer parte de um grupo seleto de iluminados para que você tenha lampejos sobre o futuro inacessíveis a outros, e a recusa eterna da aceitação do acaso e do aleatório como imprevisíveis. Evoluímos por e somos treinados para sermos capazes de reconhecer padrões e relações de causa e consequência, a astrologia, como toda forma de futurologia mística, é a deturpação dessa capacidade na negação da existência do aleatório, do imprevisível, do complexo. É uma tentativa do homem de obter poder sobre sua realidade, ainda que esse poder, o da ciência do futuro, seja uma ilusão; e astrólogos são excelentes em previsões vagas que se aplicam a tantos casos que, ao invés de mudar a teoria da astrologia, é sempre melhor dizer que a observação não foi bem assim, que ela deu certo. É o homem tentando não ser fraco, comum e sensível às vicissitudes e intempéries do destino. Como disse Pessoa:
Não sei se os astros mandam neste mundo,
Nem se as cartas —
As de jogar ou as do Tarot —
Podem revelar qualquer coisa.
Não sei se deitando dados
Se chega a qualquer conclusão.
Mas também não sei
Se vivendo como o comum dos homens
Se atinge qualquer coisa.
A física possui muitos fenômenos muito estranhos, indistinguíveis de magia se você não a conhece a fundo. Todos eles nos ensinam uma coisa em comum: a realidade é um lugar complicado. Assim, deixo vocês com o aviso: duvidem sempre de qualquer solução simples, de qualquer relação de causalidade ou de correlação que é simplória e rápida (Saturno afetará seus relacionamentos em 2013!), de qualquer padrão que vai contra o bom senso, duvidem das promessas fáceis, de qualquer adivinhação, tirem sua coragem de onde puderem, mas se armem sempre com a razão. Porque ela funciona.
Parabéns, ótimo texto!
Tal como deve-se esperar de qualquer um que estude ciência, é clara a mínima influência causada pelos astros nas nossas vidas, fisicamente falando.
Apesar de eu particularmente (e a maioria, suponho) não considerar a astrologia uma ciência, ela não é baseada em uma simples roleta mágica que despeja conteúdo em jornais e blogs sobre futuro e personalidade. Mas, para quem já teve a oportunidade de ler a fundo textos de conhecimento astrológico, vai ver que não é só um lero-lero qualquer. Ao contrário do que se diz, os verdadeiros astrólogos não explicam a influência dos astros de uma forma física, das forças que foram citadas. Mas elas são explicadas pelo tal “quinto elemento” que você citou que não possui nenhuma base científica. Eu acredito até certo grau. Me dediquei algumas horas lendo alguns livros e blogs, consultei um astrólogo para ver o que era de fato a astrologia. A astrologia não é esse lero-lero que eles colocam nos jornais. Mas acreditar nisso é o mesmo que acreditar em religião e em unicórnios listrados (eu, particularmente, não acredito nos dois últimos).
Portanto, o que eu gosto dizer, no lugar de “armem-se sempre com razão” é, tenham sempre a mente aberta. Mente aberta não significa acreditar em tudo, mas observar todas as possibilidades, por mais absurdas que sejam. No fim, apesar de todo o meu ceticismo, inclusive com a astrologia, acho que isso não seja pura falácia. A ciência nos presenteia a cada dia com o inexplicável.
Nos esquecemos de considerar as possíveis dependências estatísticas (e se considerarmos as atividades cognitivas com fundamentos quânticos temos o maldito emaranhamento também) entre saturno e as coisas da terra!
Olá, Lucas, e bem-vindo ao blog!
Não acredito ter me esquecido de dependência estatística nenhuma, e o emaranhamento também não é um problema aqui, vou tentar explicar a razão. Imagine que eu tenho uma carta vermelha e uma preta, uma dama de copas e um rei de espadas, dou, sem olhar, uma para você e fico com outra. Nos separamos, atingimos os confins opostos da Terra. Quando eu medir minha carta, terei também medido a sua, isso, segundo uma interpretação da mecânica quântica, seria “forçar” sua carta a ser a dama ou o rei; mas elas continuam cartas, não há nada mágico ou místico nisso. Isso é uma explicação bem grosseira do que é o emaranhamento. Uma partícula que chega à Terra pode estar emaranhada com outra nos confins do universo, ela ainda tem o efeito de uma partícula normal sobre nós e todo o meu post se aplica.
Ademais, qualquer efeito possível de emaranhamento entre duas partículas é completamente aniquilado com a menor interação de um meio externo, é até bem difícil medir o emaranhamento quântico, porque ele ocorre apenas entre partículas muito pequenas e distâncias curtas. A atmosfera cuidaria de quebrar a coerência quântica de qualquer coisa que tentasse chegar à Terra, mas, ainda que fosse esse o caso, não teríamos o menos problema, pois elas ainda seriam apenas partículas que saíram de Saturno e chegaram a nós.
Não entendi o que você quis dizer com atividades cognitivas com fundamentos quânticos, nem de quais dependências estatísticas está falando, já que o emaranhamento não se aplica a sistemas macroscópicos. Se você gosta da coisa, está em uma faculdade na área, recomendo estudar física quântica pelo livro do Griffiths e dominar bem a matemática necessária (a álgebra linear) para poder tratar esses fenômenos com rigor e, nisso, perceber a beleza dessa ciência.